Ranking dos Mais Procurados Pelo FBI em 2012



Mullah Omar 

Mullah Omar

Mohammed Omar é, de todos os fugitivos mais procurados do mundo, talvez aquele de que menos se sabe. Antigo combatente mudjahidine durante a ocupação soviética do Afeganistão, ferido quatro vezes, uma das quais num olho, emergiu como líder talibam em 1994, em plena guerra civil, numa altura em que os afegãos, fartos de abusos dos senhores de guerra, aclamaram o movimento dos estudantes de teologia. Em 1996, o seu movimento capturou Kabul e todas as grandes cidades afegãs – com a excepção das do território da Aliança do Norte, comandada por Ahmed Sha Massoud- caíram sobre o seu controlo. Líder de facto da maior parte do país entre 1996 e 2001, proibiu os papagaios, as fotografias, a música. Fechou as mulheres em casa e fez explodir os budas de Bamyan. E, claro, deu guarida a Bin Laden - razão pela qual os EUA oferecem 10 milhões de dólares pela sua captura. No entanto, segundo Ahmed Rashid, prestigiado jornalista paquistanês, ele será parte essencial das conversações secretas que visam a retirada dos EUA do país, em 2014.


Semion Mogilevich

Semion Mogilevich

Acredita-se que este ucraniano de múltiplas nacionalidades - entre outras, russa, israelita e húngara - é o maior dos chefes da máfia russa, com poder para influenciar nações e, até, a economia global. Trata-se de um novo tipo de gangster que se auto-intitula um homem de negócios, como, aliás, reflectem as suas alcunhas: Don Semion e Don Miolos (tem um curso de economia).


Augustin Bizimana
Augustin Bizimana

É o mais importante fugitivo ao Tribunal Penal Internacional para o Ruanda (TPIR), dos 13 que ainda não foram capturados. Terá que responder, nesse tribunal, por quatro crimes de genocídio, cinco crimes contra a humanidade e dois crimes de guerra. O antigo ministro da Defesa do Governo provisório ruandês é acusado de ter participado activamente no planeamento e incitamento do massacre dos tutsis (e de hutus moderados) entre 6 de Abril e 22 de Junho de 1994.


Hafiz Saeed

Hafiz Saeed

Fundador da organização terrorista Lashkar-e-Taiba, o Exército dos Puros, cujos operacionais são tidos como responsáveis pelos ataques de Mumbai, em 2008, vive, no entanto, tranquilamente no Paquistão – e toda a gente sabe onde ele está.


Joseph Kony

Joseph Kony

Nascido no início dos anos 60 em Odek, no Uganda, tornou-se recentemente, um dos fugitivos mais famosos do mundo. Foi devido a um documentário da organização lnvisible Children inc., intitulado Kony 2012, colocado na internet a 5 de Março, que denuncia muitos dos supostos crimes e atrocidades cometidas pelo ugandês.

A autenticidade das denuncias já foi contestada por vários orgãos inclusive pelo Moz Maníacos e pelo próprio governo do Uganda.

Veja: Kony 2012, Uma Fraude


Joaquim Guzmán

Joaquim Guzmán

O narcotraficante mais famoso desde Pablo Escobar é procurado há três décadas pelas autoridades mexicanas e norte-americanas, que oferecem recompensas pela sua captura (respectivamente, 2 milhões e 5 milhões de dólares). Mas Joaquím Archivaldo Guzman Loera, 55 anos, presença assídua na lista da Forbes dos maiores milionários do globo, opera uma organização criminosa que exporta cocaína e metafetaminas para os EUA. O seu cartel, o de Sinaloa, tem presença em 17 dos 31 Estados do México – um país onde vigora a lei da plata o plomo e onde os soldados de rua do narcotráfico ganham cinco e seis vezes mais do que a policia. Guzman não é apanhado, porque controla parte do país e da administração – dizem os críticos. A atestá-lo está o célebre episódio da sua detenção e fuga: preso em 1993, na Guatemala, e extraditado para o México, ele fez da prisão o seu palácio pessoal. Recebia amantes, esposa e prostitutas, encomendava comida na exterior, aterrorizava os guardas e as enfermeiras, subornava tudo e todos, até o director do estabelecimento. Depois, quando se tornou óbvio que o Governo se preparava para o extraditar para os EUA, limitou-se a fugir - para nunca mais ser encontrado. Mesmo com denúncias como esta, do arcebispo de Durango, em 2009: “Ele vive aqui e toda a gente o sabe, excepto as autoridades, que por alguma razão não o vêem”. 


Doku Umarov

Doku Umarov

Apelidado “o Bin Laden da Rússia”, este guerrilheiro islâmico é um das principais figuras do movimento separatista checheno. Combateu nas duas guerras da Chechénia, tendo sido várias vezes dado como morto. Entre 2006 e 2007, foi presidente da não-reconhecida República Chechena da Ichkeria. Em 2007, autoproclamou-se o Emir do Norte do Cáucaso e tem lutado, desde aí, para instaurar um emirado islâmico independente naquela região. O seu grupo rebelde reivindicou a autoria do atentado que provocou o descarrilamento do comboio Nevsky Express, que assegura a ligação Moscovo-São Petersburgo, em Novembro de 2009, do qual resultaram 27 mortos. Também o atentado no Metro de Moscovo, em Março de 2010 (40 mortos) e outro no aeroporto internacional de Domodedovo, o mais movimentado de Moscovo, em Fevereiro de 2011, que matou 36 pessoas, foram por ele reivindicados. É procurado pela Rússia e pelos EUA, oferecendo Washington 5 milhões de dólares pela sua captura. Em 2011, foi ainda acusado de ter ligações à Al Qaeda.


Juan Manuel Gerena

Juan Manuel Gerena

Este criminoso comum – assaltou a delegação de Walls Fargo, onde trabalhava – é o fugitivo que há mais tempo (desde 1984) figura na lista dos dez mais procurados pelo FBI, o ponto de a polícia norte-americana ter de socorrer de uma fotografia trabalhada a computador para tentar mostrar como poderá ser a sua cara hoje, quando já terá 54 anos. Em 1983, em conjugação com o exército do povo de Boricua, uma organização clandestina porto-riquenha que os EUA têm como terrorista, manietou dois colegas, roubou 7 milhões de dólares, deixou a namorada no registo civil, a marcar o casamento e desapareceu, até hoje. Vale um milhão de dólares.


Eric Justin Toth

Eric Justin Toth

Este professor de 30 anos, que também usa o nome de David Bussone, surge agora como o primeiro da lista dos criminosos mais procurados pelo FBI – o que faz dele, ainda que não oficialmente, o “inimigo público n.º 1 dos EUA”, após a morte de Bin Laden. Reflectindo uma nuance no tipo de crimes a que o Bureau se dedica, ele é acusado da posse e produção de material pornográfico com crianças. Está em fuga desde 2008, quando foram encontradas imagens desse teor numa câmara fotográfica da National Cathedral School, uma escola protestante, só para raparigas, onde dava aulas, em Washington, e que tinha estado na sua posse. Acredita-se que continue activo, publicitando, na Internet, os seus serviços como ama de crianças. O prémio pela sua cabeça é, no entanto, dos mais baixos: “apenas” 100 mil dólares.


Ayman Al-Zawahiri

Ayman Al-Zawahiri

Se há um candidato seguro ao título de homem mais procurado do mundo, ele é Ayman Mohammed Rabie Al-Zawahiri, 60 anos, que, desde a morte de Usama Bin Laden, se alcandorou a líder da Al-Qaeda. Nascido numa família de classe média, no Egipto, juntou-se à irmandade muçulmana, na adolescência, e tornou-se um seguidor de Sayyid Qutb, um “anarco-islamita” que acreditava numa sociedade perfeita - regida pelo islão. Qubt, que estudou nos EUA, apostava na degenerescência dos “líderes do mundo livre” - e apontava o jazz e as liberdades sexuais das mulheres como exemplo da sua “bestialidade” e “materialismo” secular. Zawahiri, como Bin Laden, era um ouvinte de Qubt. Progressivamente radicalizado, ao longo da vida, o médico-cirurgião veio a fundar a sua organização jihadista egípcia, com a Al-Qaeda e tornar-se-ia, nas palavras do próprio biógrafo autorizado de Bin Laden, no verdadeiro “cérebro” da organização. Procurado pelo seu papel nos atentados às embaixadas norte-americanas no Quénia e na Tanzânia em 1998 - nos quais morreram 224 pessoas e cinco mil ficaram feridas - é o alvo mais valioso para os EUA, que oferecem 25 milhões de dólares pela sua cabeça. Foi, também, condenado à morte “in absentia” (à revelia) por causa do massacre de Luxor, no qual morreram 62 turistas, no Egipto, um ano antes.

Nota: Nós apresentamos os motivos que fazem destas pessoas as mais procuradas pelo FBI, não necessariamente tomamos parte ou concordamos com a lista. 


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