Deficiente Deve Morrer

"Significado de Deficiente"

"adj. e s.m. e s.f. Insuficiente, insatisfatório; medíocre.
Psicologia Diz-se de uma pessoa que tem diminuídas as faculdades físicas ou intelectuais."

"Deficiente- Defeito que uma coisa tem ou perda que experimenta na sua quantidade, qualidade ou valor."

Deficientes...

Foi assim que a sociedade rotulou os seres humanos com alguma limitação física. Ao meditar neste ponto por influência de um amigo meu, a palavra "Deficiente" não soou bem, no eco da minha humilde reflexão. Apercebi-me que, ao ser empregue a um ser vivo, a palavra torna-se extremamente pejorativa, tanto quanto os dizeres das línguas que cultivam a obscenidade.

O Deficiente Deve Morrer

Eu sou surdo e confesso que, em várias ocasiões enquadrei-me nessa imunda palavra... "DEFICIENTE" e com orgulho! Mas era somente porque acho/va que o meu interior conta/va muito mais que uma simples palavra que nos fora atribuida pela preguiça intelectual da sociedade. Mas mudei de opinião assim que meditei calmamente na sua consistência. A palavra "Deficiente" deveria ser aplicada somente para objectos sem proveito algum e, se calhar, até estes se safam, pois hoje em dia a reciclagem está em alta. Então, quanto mais para um ser vivo com a capacidade de se adaptar perante obstáculos impostos pelo seu cotidiano?

Porque eu já vi cadeirantes que conseguem correr e ganhar asas, cegos que pintam divinas obras de arte, surdos que compõem as mais belas melodias, mudos que escrevem e recitam os mais belos poemas... e com certeza que os meus olhos não foram os únicos a presenciar tais "invulgaridades" feitas por quem a sociedade julga "deficientes".

Como também já vi homens normais que provaram a todo o universo que são autênticos deficientes. Quem não se lembra de Hitler? Assim como tantos outros que, ao acharem que possuem "todos os sentidos" em óptimas condições, podem espezinhar e humilhar ao que tem a falta de um ou mais sentidos. A verdadeira deficiência reside na mente, quando esta cede espaço para o preconceito. A palavra Deficiente não é nada mais, e nada menos que pejorativa! Algo que não pode ser dirigido nem sequer aos animais que são seres irracionais! A deficiência não existe, quando se trata dos seres vivos, há apenas a diferença, e com isso quero dizer que é apenas uma outra forma de ser e estar no mundo!
Porque caso não, todos nós somos deficientes, pois cada ser humano tem a sua própria filosofia da vida, e esse facto faz de cada ser, único!

Por essas razões eu defendo que essa palavra seja "morta" no dicionário das nossas mentes, "por não possuir destinatário algum". Continuar abrigando ela em nosso interior, será o mesmo que continuar cedendo espaço ao preconceito, e nesse caso, infelizmente a palavra terá proveito, pois estaremos assumindo o papel de um verdadeiro "Deficiente".


Morreu Keta de Jesus

Faleceu hoje, dia 01 de Fevereiro de 2013, a apresentadora moçambicana Keta de Jesus. A jovem apresentadora teria passado mal ao final da tarde encaminhada ao hospital onde teria perdido a vida. Keta de Jesus morre aos 28 anos de idade e deixa filho menor.

Keta era namorada do cantor Valdemiro José, com quem teve um filho recentemente e pessoas próximas a apresentadora confirmam que "até ontem, ela estava bem".

Eleita, em 2012, como uma das mulheres mais bonitas do país, Keta de Jesus perdeu a vida ainda muito jovem.

Morreu Keta de Jesus

Muitos artistas moçambicanos reagiram lamentando o facto pelo Twitter e Facebook, assim como os vários fãs da artista nestas redes sociais.

As informações ainda são escassas e nós esperámos actualizar este artigo assim que houverem mais detalhes sobre este triste acontecimento.


Herança das Cheias em Maputo e Chockwè (Fotos)

E as cheias vieram e fizeram o melhor que sabem fazer..

Destruíram várias casas, deixaram várias famílias ao relento e de luto... 

A galeria de fotos de hoje mostra um pouco daquilo que foi a triste herança das cheias para Maputo e Chockwè....

Herança das Cheias de Maputo e Chockwè (Fotos)

Herança das Cheias em Maputo e Chockwè (Fotos)

Herança das Cheias em Maputo e Chockwè (Fotos)

Herança das Cheias em Maputo e Chockwè (Fotos)

Herança das Cheias em Maputo e Chockwè (Fotos)

Cheias em Moçambique 2013

Cheias em Moçambique 2013

Cheias em Moçambique 2013

Cheias em Moçambique 2013

Cheias em Moçambique 2013

Cheias em Moçambique 2013

Cheias em Moçambique 2013

Cheias em Moçambique 2013

Cheias em Moçambique 2013

Cheias em Moçambique 2013

Cheias em Moçambique 2013

Cheias em Moçambique 2013

Cheias em Moçambique 2013

Cheias em Maputo 2013

Cheias em Maputo 2013

Cheias em Maputo 2013

Cheias em Maputo 2013

Cheias em Maputo 2013

Cheias em Maputo 2013

Cheias em Maputo 2013

Cheias em Maputo

Cheias em Maputo

Cheias em Maputo

Cheias em Maputo

Cheias em Maputo


Cheias em Maputo

Cheias em Maputo

Cheias em Maputo

Cheias em Chockwe

Cheias em Chockwe

Cheias em Chockwe

Cheias em Chockwe

Cheias em Chockwe

Cheias em Chockwe

Cheias em Chockwe


Eu, a gripe e ‘MARIA’


(em homenagem à obra ‘Maria’ de J. Craveirinha, ao próprio J.C. e a minha ‘Maria’)

Eu, a gripe e ‘MARIA’

Estou infectado. Tenho um vírus no sistema que não me permite respirar, libertar-me. Gripe. Febre. Nada me é atraente. Hoje nada me sai, definitivamente. E isso é tão irritante, lá fora, até a neve cai. E se saíssem de mim, também, raciocínios poéticos, afluindo do além, qual a chuva que cai na Mafalala? Enfermo, acabrunhado, moribundo; sou vítima desta poluição global.

E é aqui onde tu entras, mulher, porque a dor transforma-me num tambor, no “tambor perdido na escuridão da noite perdida”. Esse é o meu coração arrebatado, que te chama em ‘tam-tans’ enrouquecidos, intercalados pela tosse, pela fungadela. Então proclamo-te minha ‘Maria’, como a Maria de Craveirinha, pois essa é a dimensão do meu amor.

“Olá, minha querida Maria” – apetece-me dizer-te com os olhos fechados e os meus lábios em beijos com os teus, mas estou gripado, e eu sei que não te importas, mas não te quero adoentar com a minha doença. Sim, apenas sorririas, ‘Maria’, e dirias, depois de me teres arrancado o beijo, “Mais um gole ó ‘Pedro’ mais um gole de chá”. Sei que o fazes para o meu bem, por isso, como um “anjo doirado bamboleando blue”, beberia o bule inteiro, chávena pós chávena, “Com um gole d’água e 10mg de diazepan”.

Os meus hábitos, sim, não são muito estimáveis: quase que não durmo. E estarias tu, ‘Maria’, com a tua mão suave pousada sobre o meu ombro, sussurrando como um sopro no meu ouvido surdo – “Karingana ua karingana” – e eu, mais desajeitado do que poeta, com os “meus olhos negros como insurrectas […] grandes luas de pasmo”, sorrindo porque tu não sorris, diria “Devo-te, Maria/ no epílogo do pânico/ manter-me calado/ sem me sentir um verme”.

Consegues perceber-me? Ouvir-me? Minha ‘Maria’? Não te quero somente hoje, porque a minha alma está gripada, sempre te quis, mesmo nas “Noites enjoadas de um milhão de angústias”, em que vigoroso, sou obrigado pelos xiconhocas a vestir a camisola “46664”. Por vezes, sabes, quando estou sozinho, e parte de mim começa a pensar em ti, a outra parte começa a chorar, e logo eu que “Acreditava naquela história/ do homem que nunca chora”. Na verdade, ‘Maria’, “Só um choro em seco/ põe no vértice da minha dor” toda a ausência que os nossos corpos desamam.

‘Maria’, ‘Maria’! Não fiques chateada porque te chamo ‘Maria’; pode até ser o nome mais vulgar do mundo, mas ‘Maria’ é a “mulher que ocupa o primeiro lugar”. É também o nome da mãe de Jesus. Mas sublinho, eu “Não sei se existe Deus./ Mas se Deus existe/ Ele está com toda a certeza/ a comer comigo esta farinha/ no mesmo prato”. Tu és o carvão ‘Maria’, entretanto, “Meu amor:/ Nem tu percebes ainda o bater” dos sinos que me tornam este poeta. O que queres que eu diga? A arte é a poesia, o produto o poema, o poeta o artista.

Suplico-te para que rezes, ‘Maria’ minha. “Reza, Maria!” Reza para que esse pecador, que não é besta, é homem, não deixe cair “o girassol da esperança”. “Ah! Maria/, Põe as mãos e reza”, pelos tropeções que cometi, pelas dentadas que na língua dei, e deixei o teu coração a sangrar, a sangrar, não Julieta, mas ‘Maria’ “sempre de humilde sorriso triste”. Reza também pelas promessas que te fiz, por mais perverso e egoísta que seja este meu pedido, mas reza, reza para que os cumpra, todos! Sei que divago, pois sinto a febre a subir, o sono a negar-me; ‘Maria’, lamento “esta maneira de evocar Maria”, mas não posso evitar, é que da página branquíssima presa no computador, “Sobressaem nubladas/ Cinco letras:/ Maria”.

A medicação não faz efeito; e uma notícia caiu-me à cabeça como uma bomba. Como pude ser tão libertino, e enterrar o ‘tu’ presente sempre ao meu lado para provar do bago de sumaúma intoxicado? Nunca se é tarde para uma boa lição, ‘Maria’. Mas quero que acredites em mim, não o faço porque quero, simplesmente não posso controlar esses ‘eus’ dentro de mim, essas vozes que não se saciam, e te confessam, meu amor, que “inúteis foram as mil perguntas/ sobre segredos absolutamente só meus”. Já te perguntaste quem eu sou, e tiveste infindas respostas, mas quem sou eu, afinal? Eu, ‘Maria’, apenas sou mesmo eu quando sou em ti.

“Maria, o que é que se passa?/ O que é que se passa Maria?” Agora a cabeça lateja-me como uma britadeira. O muco não vem nem sai. Não estás aqui! Não estás aqui! A minha ‘Maria’ não está aqui. Sombras! Sim, vejo sombras. “Nostalgias de Maria”! Agora penso no futuro, no meu futuro contigo, “Minha tão bela esposa Maria”, a mulher que vai ler todos os meus originais em primeira mão. Não te quero assim como Pilar, apenas como Maria, para também dedicar-te livros e livros sem conta. Tenho que me levantar, fazer um café forte, sabes, aqui “não tenho quem me ature/ as manias/ [...] mas eu cá me arranjo, Maria!”


Belas Moçambicanas no Facebook

Salve Moz Maníacos,

Este é o meu primeiro artigo neste ano, graças aos meus queridos colaboradores o blog continuou activo e eu continuei emprestando meu email para enviar todos novos artigos para os assinantes por email. Se ainda não cadastrou seu email, considere fazê-lo agora e junte-se à +Maria de sa+Vanda Mahumane e outros que recebem os artigos do Moz Maníacos directamente no email. É imortante lembrar que você também pode colaborar connosco enviando seu material para nós, Fale connosco e seja bem vindo!

Hoje vou falar rapidamente de um assunto que não é novo aqui no blog. Na verdade eu só insisto com este assunto porque realmente me preocupa e preocupa aos meus leitores, que enviaram-me aquilo que foi o estopim para a publicação deste artigo. Eu li uma mensagem enviada por um dos nossos leitores à página do Moz Maníacos no Facebook, onde ele pedia para que visitássemos uma certa página também do Facebook intitulada Bellas Moçambicanas que se dedica à publicação de fotos de moçambicanas nuas, semi-nuas e não só... qualquer mulher que possa ser considerada sensual pode ter sua foto publicada lá.

Belas Moçambicanas no Facebook


Sinceramente falando, eu não me importo muito se algum desocupado decide publicar fotos de mulheres nuas onde quer que seja. Afinal de contas de uma forma ou de outra quando alguém tira uma foto sem roupa é porque quer ser vista, se fosse possível ter o prazer de receber de receber elogios ao seu corpo sem passar o ar de vulgaridade, muitas mulheres exibiriam fotos delas nuas na internet, mas porque ainda existem pessoas que assim como eu, acreditam que algumas coisas DEVEM permanecer entre quatro paredes e condenam esses comportamentos como podem, ainda não chegamos à fase em que as pessoas ficarão nuas de qualquer maneira sem que ninguém reclame.

Então, como eu estava a dizer... não é da minha conta se alguém publica fotos de pessoas nuas na internet, porque as fotos não foram tiradas sozinhas, não é? Existem algumas moçambicanas que que gostam de se exibir na net e esta página dá uma ajudinha. O problema começa quando os jovens responsáveis por essa página publicam fotos de pessoas sem sua autorização. Elas vasculham as fotos das pessoas que elas consideram "Bellas Moçambicanas", retiram as fotos e publicam na página sem autorização das pessoas em questão.

Todos sabemos que existem sites dedicados à pornografia e nudez, então o ideal seria que estas pessoas abandonassem o Facebook e migrassem para lá. Existem muitas crianças no Facebook (o registo a permito a qualquer pessoa com mais de 13 anos) que estão expostas e esse tipo de conteúdo, sem nenhuma restrição. Temos também muitos adultos lá, que não estão interessados em ter sua experiência de utilizador afectada por um bando de tarados(as) cuja característica principal da sua doença é pensar que todas as pessoas são como elas e aquelas que não assumem isso são hipócritas.

Quando você viu o título deste artigo você esperava que fosse falar das Mulheres de mussiro, mulheres de capulana, mulheres com incríveis penteados africanos, ah sim, as mulheres  de Nampula, e as várias mulheres com lindos sorrisos da pérola do índico. Essas sim, são Belas Moçambicanas...

E para finalizar eu quero agradecer a todos os que têm enviado sugestões de novos artigos, fotografias, textos, dicas e correcções, que são os que fazem do Moz Maníacos a maior comunidade moçambicana Online.

Ja deve ter percebido que "linkei" para alguns perfis do Google Plus, já tem uma conta lá? Adicione +Matope José aos seu círculos e vamos trocar algumas ideias!


MC Roger Sente-se Abandonado por Guebuza

MC Roger Sente-se Abandonado por Guebuza

Esta imagem chegou até nós pelo Facebook, e pelo que tudo indica, o patrão MC Roger deu uma entrevista a um jornal desabafando sobre o alegado abandono pelo seu tão Amado Guebuza.

Provavelmente esse choro parte do facto de senhor presidente ter feito uma mega festa de aniversário de 70 anos, com transmissão directa na televisão pública (numa época em que Chókwè estava a ser fustigada pelas chuvas e hoje é uma lago), com várias personalidades e artistas convidados, excepto ele, é claro.

Ele que em todas as suas músicas faz questão de mostrar sua admiração ao seu idolatrado Guebuza. Sempre promove a auto-estima e realiza actividades filantrópicas com a nossa querida mamã Guebuza. Como puderam fazer isso com ele? Se há alguém que escova o presidente mais que o MC Roger, é o MC Roger ao quadrado. É normal que ele se sentisse especial, tem razão de estar triste mesmo.

E nós? Nós estamos a tentar a limpar o rio de lágrimas que ficou este lugar de tantas gargalhadas que demos! 


Eu Carrego o Futuro de Moçambique

Eu Carrego o Futuro de Moçambique


É o primeiro dia de aulas, é o primeiro dia do resto da minha vida estudantil. Sinto um ligeiro frio na barriga, porem, uma certa ansiedade. Vou mergulhar-me em um mundo desconhecido, que a minha mão paternal julga ser o melhor para mim. Por isso vou andar sem medo, aprender, descobrir-me, e ser alguém! Ainda que não seja dado o devido valor. Sim, já vi irmãos meus sentados em terra nua, molhados pelo orvalho, em busca da ciência. Irmãos que vêm a escola como um ponto de salvação, a saída da pobreza abissal. São irmãos que são crianças e adultos ao mesmo tempo. Aqueles meus irmãos, não têm dinheiro do lanche como eu terei, aqueles meus irmãos, não têm uma carteira, e nem sequer um uniforme escolar. Os sagrados trapos que os cobrem são o seu uniforme, sim, a pobreza é o uniforme daquelas almas com sonhos ricos. E mesmo assim, não desistem, lutam pelo conhecimento, aprendem a usar a sua sapiência!

É o primeiro dia de aulas, deverei ter medo? Medo de quê? Carrego comigo os livros que contêm as primeiras palavras com que este mundo me presenteia. Farei deles os meus fieis companheiros, para a vida inteira! Se um dia eu tiver que abandonar a Pérola, para deslocar-me a terras distantes em busca de conhecimento, não vacilarei, ainda que eu passe por tormentos, humilhações... pois o estudante bolseiro Moçambicano é a anedota dos demais... suas lutas diárias são dignas de riso, e respeito! Mas não temerei, lutarei para sair de lá com o meu diploma e voltar à pátria amada, tentar mudar a situação que tão bem conhecerei. Não mais suportarei as pedras engolidas de cada vez que, vejo um irmão uniformizado pela pobreza, sentado no chão, apoiando a ciência em seus pés...e na hora do lanche, engolindo a esperança de dias melhores. Basta, alguém tem de limpar a sujeira que vai pela casa. Como é que pode ser preservada a chama da unidade de um pais que mutila a esperança? Como? Basta, alguém tem de limpar a sujeira que vai pela casa! Então não temerei entrar no desconhecido, transformarei o meu medo em revolta, e um dia derrubarei o desleixo que nos guia... os meus irmãos, não mais serão uniformizados pela pobreza, não mais engolirão o lanche invisível da esperança, não mais apoiarão a ciência em seus pés. Não desistirei até que veja esta reflexão materializada. Sinto que não sou a única com esta visão, há mais corações pulsando ao mesmo ritmo que o meu, e a cada passo que estas almas dão em direção ao desconhecido, brotam sonhos, brota revolta, pois o povo partilha do mesmo descontentamento, e eu não sou excepção! Um dia o sol ira brilhar...