Artistas de Moçambique: Lizha James




A escolha da Lizha James para a segunda matéria desta série foi quase unânime entre os leitores do Moz Maníacos, pra mim isto soou como um desafio como quem diz: quero ver se você vai encontrar alguma coisa nela para falar mal. Daí surge a necessidade de esclarecer que não é minha intenção ficar falando mal dos artistas moçambicanos, mas não absterei de faze-lo caso ache que tal artista não esteja contribuindo de forma positiva para o bem estar do país. Isso quer dizer que mesmo que este ou aquele artista levem nosso nome para fora do país e até tragam prêmios, se suas músicas não forem edificativas, com certeza esse facto não passará em branco aqui.

Eu lembro da Lizha James que há 10 anos andava com uma guitarra de lá pra cá e cantava um estilo muito menos vazio do que o seu atual (certamente ela chama isso de evolução ou algo do gênero). Naquela época não era fácil entrar no mercado musical logo fazendo sucesso como é hoje e provavelmente seja essa a razão que fez com que a Lizha não fosse muito popular la época, e pode-se até dizer que Lizha James, só se tornou Lizha James quando começou a cantar Raggas, Dzukutas, Pandzas, e agora POPs e Houses (sim, aqui em Moçambique se sobrevive assim: ou você segue a moda do momento, ou estaciona, por isso é difícil definir um único estilo pros nossos artistas).

Agora vejo uma Lizha internacionalizada, tanto no estilo musical como nos comportamentos, que até houve até quem disse que ela foi pega com drogas num dos aeroportos por aí, o que rapidamente foi desmentido pela/pelos mídia de 3ª classe que é o programa atrações (que tem credibilidade ZERO pra mim). Ela também já ganhou alguns prêmios em programas musicais e tal, teve sempre contrato com grandes empresas, enfim, assim como o MC Roger, é uma pessoa que se deu bem cantando (...?).

Seria um crime dizer que a Lizha James não canta nada, mas seria um crime ainda maior se eu ignorasse o facto de ao londo do tempo a música dela ter perdido consistência e ter recebido um acréscimo excessivo de futilidades que em pouco ou em nada representam nossa verdadeira identidade como moçambicanos, alguma vez já pensaram em colocar um Txopela no lugar das limousines e dos carros de luxo que aparecem nos vídeos? Para quem cantar em inglês para um povo cuja metade nem sabe falar bem Português? Quer Ser internacional? Aqui? Faça-me o favor!

O problema da Lizha e da maioria dos nossos artistas é ter os artistas internacionais como espelho e querer chegar a seu nível. Mas não está escrito em nenhum lugar que o que vem de fora é o ideial, que deve ser seguido e tido como o padrão, muito pelo contrário, é por causa da cultura POP que os pais tem dores de cabeça com os filhos, foi cultura POP que a sodomia se propagou, foi banalizado e por fim aceite até em Moçambique, graças à cultura POP as crianças ficam sabendo de coisas que deveriam saber quando adultas. Me diga caro leitor, se você fosse uma criança e visse a Lizha James aparecendo semi-nua em seus vídeos e no dia seguinte você visse ela em atividades filantrópicas o que você iria pensar? Que ela é uma pessoa boa por isso um exemplo a ser seguido e obviamente você não teria capacidade de separar o bom do mau, você imitaria literalmente incluindo o que você ouve e vê nos vídeos.

Bom, como eu havia dito inicialmente, não é do meu interesse pessoal ficar falando mal dos artistas moçambicanos, apenas trago o pensamento de muitas pessoas que infelizmente são a minoria e assim como eu são apedrejados e ignorados pelas pessoas sem opinião, entregues ao fanatismo e pelos mídias.


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